RESUMO
Introdução: A hiperglicemia induzida por estresse ocorre com frequência em pacientes internados em unidade de tratamento intensivo (UTI) e pode estar associada a não sobrevida. Objetivo: Avaliar o perfil glicêmico dos pacientes graves, analisando a associação entre glicemia e desfecho clínico em UTI; e se a glicemia é um marcador de piores diagnósticos. Método: Estudo transversal descritivo, de associação no período de dezembro de 2013 a dezembro 2015, provenientes de uma UTI de Manaus. Foram acessados os valores de glicemia, 24 horas antes do desfecho clínico (alta ou óbito). As análises de associação realizaram-se utilizando variáveis, preditivas ou independentes dos valores de índices glicêmicos (mg/dL). Média, desvio padrão análises de associação foram desenvolvidos no Programa Epi info 7.0. Resultados: Participaram do estudo 34 pacientes adultos, maioria eutróficos, conforme Índice de Massa Corporal (IMC) estimado. A regressão linear e logística mostrou glicemia (mg/dL) associada positivamente com a não sobrevida (p<0,05), independente do IMC e covariáveis. Além disso, a classe de glicemia entre 95 a 140 mg dL associou-se à sobrevida de pacientes críticos, enquanto valores superiores mostraram correlação com não sobrevida na UTI. Conclusão: O estudo sugere que concentrações glicêmicas no sangue coletadas 24 horas antes do desfecho clínico entre participantes na UTI parece ser um bom indicador de desfechos clínicos, e níveis glicêmicos entre 95 a 140 mg dL protegem os pacientes críticos.(AU)
Introduction: Stress-induced hyperglycaemia occurs frequently in hospitalized illness critical patients and it could be associated with increased non-survive. Objective: To evaluate the glycemic profile of critically ill patients analyzing the association between blood glucose levels and clinical outcome of critically ill patients; and if the blood glucose is a marker of serious diseases. Methods: This is a descriptive cross-sectional study and cross tabulation from December 2013 to December 2015 from a Manaus Intensive Care Unity. Blood glucose values were accessed 24 hours prior to the clinical outcome (discharge or death) of patients older than 18 years. Association analyses were carried out using as variables predictive or independent, the values of glycaemia (mg/dL). Mean, standard deviation and associations analyses were performed in Epi info 7.0. Results: The study included a total of 34 patients, most eutrophic, according to Body Mass Index (BMI) estimated. Linear and logistic regression showed blood glucose (mg/ dL) positively associated with no survival and statistically significant (p<0.05), independent of BMI and co-variable. In addition, the class of glucose between 95 to 140 mg dL correlated with non-survive among critically ill patients, while greater glycaemic values increase mortality in ICU. Conclusion: Therefore, the glucose level collected 24 hours before the clinical outcome (survival or not survival), of the participants in the ICU seems to be a good indicator with clinical outcomes, and the cut off of glucose levels between 95 to 140 mg/dL can be desirable to avoiding of mortality of critically ill patients.(AU)